Apenas uma carta





O amor é de tal forma
tão misterioso,
tão rápido e inesperado,
ou tão lento e previsível,
contraditório em sua totalidade,
que merece uma carta.

Não sabemos quando ele chega,
muito menos quando vai.
Quando chega
não queremos que parta,
E quando parte...


Comecemos a carta.

Não sei de onde vem
esse ser de nome pequeno,
tampouco como ele se vai.
Não sei como ele se manifesta,

sei que acontece.

Algum lugar, algum dia de algum mês, de algum ano.
O amor por ser tão misterioso,
dar-nos a entender
que tem várias faces,
várias fases.

Iníquo e belo amor,
venho por meio desta
ou daquela, não sei.
Talvez já te tenha escrito,
em pensamentos, é verdade.
Somente sei, porém, o nome do destinatário.
Para onde envio esses
pensamentos?
Talvez a pergunta certa
seja aquela sem resposta,
seja aquela respondida
pelo próprio eco.
O silêncio pode ser moldado,
mas é constrangedor, admito.
Por isso me calo.

Silenciosamente,

Alguém.

3 comentários:

  1. Esse poema é simplesmente magnífico, perfeito, lindo demaisss.
    cada palavra mostra um sentimento tão único que fica impossível não se emocionar ao ler.
    de todos os teus poemas esse é o mais lindo!
    "poesias para sempre"
    te adoro 'poeta de mis sueños'
    =*

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