O livro era feio,
ficava meio escondido,
no canto da prateleira.
Ninguém o pegava para ler.
Talvez por seu aspecto,
pelo pouco de pó que se acumulava
sobre a capa,
ou o que restava de uma capa.
Um dia sem querer,
ao tentar pegar outro livro,
mais belo,
o homem derruba os dois
e eles se abrem.
O que era feio
torna-se majestoso de repente
depois que os olhos
caíram junto com suas linhas
em um chão com mais pó ainda.
Passei durante uns tres anos visitando quase diariamente uma biblioteca, busquei livros que eu pensava que ninguem os tinha lido, encontrei neles muitas historias, nao dos autores , mas dos leitores. fotos, bilhetes passagens... muitas historias. seu poema me recordou um velho hábito esquecido
ResponderExcluirNão só feio...
ResponderExcluirUm pouco gasto e rasgado em alguns pontos,
Talvez pelo manuseio sem cuidado.
Mas muito, provavelmente...
Pelas muitas vezes aberto.
Mas o feio, muitas vezes é belo!
Tamanho contéudo guardado,
Intrínsico, assim como o tom amarelo.
Tanto a se descobrir dentro dele!
Um mundo desabitado e mesmo assim povoado.
Por muitos manuseado.
Por tantos olhares buscando...
O prazer do encontro com o encanto!